Oliveira Filho, presidente do Ipem, realizou sua primeira reunião com o corpo técnico do Instituto paranaense. O deputado estadual Edson Praczyk e o ex-presidente Rubico Camargo também estiveram presentes. O encontro foi realizado ontem, no Hotel Rochelle, no centro de Curitiba, com a presença dos diretores, dos representantes das regionais, e dos gerentes do Instituto. Todos fizeram uma explanação dos problemas que atingiram a autarquia estadual depois do corte orçamentário de quase 40%, sofrido com o contingenciamento do governo federal, anunciado em 2015, e que perdurou para o ano de 2016, restringindo as atividades de todos os órgãos delegados do Inmetro.
O novo presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná, nomeado pelo governador Beto Richa no início de agosto, Oliveira Filho disse que encontrou uma casa “bastante comprometida com os objetivos da instituição. E chegamos para somar, colaborando nas soluções dos problemas que hoje estão atingindo o Ipem. Vamos lutar para devolver aos anos de glória já vividos no passado, resgatando o Instituto para o verdadeiro papel que deve desempenhar na sociedade. Vim para somar, e juntos poderemos ir mais longe!”, declarou.
O deputado estadual Edson Praczyk falou do novo desafio, dizendo que “Oliveira tem facilidade em resolver problemas, pois tem experiência administrativa com grau de sucesso, que, tenho certeza, virá também com o Ipem”. Praczyk também falou aos funcionários do Instituto que “períodos de mudanças nos deixam receosos com lideranças novas. Mudança é indubitavelmente sinônimo de desconforto, mas que na verdade é uma nova oportunidade, e um período novo é salutar. É o que acredito que ocorrerá no Ipem”, finalizou o deputado.
O diretor Administrativo e Financeiro, Rogério Moletta Nascimento, fez uma exposição da situação do Ipem hoje, através de demonstrativo com a diferença de repasses de recursos, provenientes do Inmetro, entre os anos de 2014 e 2016. Em 2014, o Ipem recebeu R$ 39.847.690,12. Em 2015 houve corte estimado em 37,15%. Em 2016, foi pactuado um repasse da ordem de R$ 42,49 milhões, mas este recurso não chegou, sendo repactuado em R$ 27,17 milhões, representando um corte de 36%. Segundo o diretor, em 2014 o Ipem aplicou na área de investimentos R$ 1.971.615,93, e no ano de 2016, até o momento, foram investidos apenas R$ 77.590,00, representando um corte de 98,06%.
O diretor Técnico, Shiniti Honda, disse que o corte na área técnica foi de 70%, relativos à força de trabalho na verificação e fiscalização. Estes cortes também atingiram as Regionais de Londrina, Maringá, Cascavel, e Guarapuava. No setor de pré-medidos, segundo Shiniti, houve uma centralização dos trabalhos na Capital, como já ocorre em outros Ipems, sendo que este era um diferencial do Instituto paranaense, o que representava uma resposta mais rápida para a sociedade, mas que teve de ser reestruturado em função do contingenciamento do governo federal.
Em seguida, os gerentes das Regionais de Londrina, Maringá, Cascavel e Guarapuava comentaram a redução de equipes de verificação e fiscalização que ocorreu em 2015, e da necessidade de reestruturação para que possam atender as necessidades de cada região. Os gerentes de Verificação Metrológica, de Fiscalização, de Calibração e Ensaios, de Pré-Medidos, de Avaliação Técnica, de Acompanhamento de Projetos, e assessores jurídico, administrativo e de recursos humanos, também fizeram um relatório da atual situação, colocando o presidente Oliveira Filho em dia com as informações a respeito do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná.